O amor é barulho, onde fora, tudo
é silêncio. Não é qualidade, é dom divino, implícito no ser, desde o seu
nascimento.
O amor é a descoberta dos tons
coloridos onde antes vistos eram monótonos e pretos, brancos. Covardia não lhe
pertence, nem aos fracos nem aos fortes.
Amar não acompanha a palavra
temor, possuir nem almejar. Simplesmente se ama. Se deixa livre o que se ama e
este faz seu papel no contexto da palavra. Quem verdadeiramente ama não se
incomoda em possuir nem em abster-se. Não modifica o que é imperfeito e sim
complementa o que ainda está incompleto.
Não se incomoda com as
imperfeições das diferenças porque isto os torna mais belos, mais sublimes,
mais humanos, mais capazes de reconhecer que cada ser é único e de certa forma
mais especial aos olhos do grande Criador.
Quem ama não tenta mudar nem
modificar o que já está belo e completo pela natureza. Aceita que a outra parte
o complete com suas diferenças e divergências. Não sufoca, não complica o que
já está implícito no seu ser.
Cada um de nós já nasce com a
certeza de que o amor está espalhado por cada parte deste grande universo.
Nascemos para o amor, e por mais que um leão queira se tornar uma simples
ovelha, este sabe que jamais será uma delas. Nem tão pouco o pássaro poderá ser
borboleta ou a serpente começar a voar. O que é implícito em nós não pode ser
negado, necessitados de amar e sermos amados.
Amor também é solidão, porque
sabemos que mesmo sozinhos não estamos nunca a sós. A cada dia e sopro de brisa
percebemos a sinfonia de música e a perfeita orquestra planejada pelo autor do
Amor. Nunca estamos sozinhos. Nunca estaremos. Aquele que compreende isso
jamais se sente só.
As abelhas por acaso se atraem as
flores por sua beleza, mas é o pólen que elas necessitam que as mantém sempre
voltando. Uma montanha e uma árvore estão sempre no mesmo lugar, mas esta mesma
percebe que o ciclo continua e que a cada dia está diferente, um galho cai, uma
folha nasce, a terra permanece em movimento.
Amor é movimento, é orquestra
vista aos olhos de Deus pela alma. Encontramos o amor nos olhos daqueles que
acreditam, cansados ou não da busca incessante de outro ser que o entenda, o
compreenda, o aceite como é, com suas limitações e peculiaridades.
O amor não é nada complicado,
apenas simples, mas nós complicamos tudo o que é simples ao nosso redor.
Sentimos necessidade de discutir política a atrocidades mundanas e
corriqueiras, nos distrair por noticias que nos fazem mais intelectuais para
nos desviarmos do foco, somos especialistas na arte de enganarmos nosso ser da
única necessidade que temos nesta existência.
Amar e ser amado, eis a questão,
do grande mistério que inspira música, filósofos e poetas através de séculos. E
continuará inspirando, porque por mais simples que seja, ainda assim sentimos
uma imensa necessidade de aprendizado neste assunto. Somos crianças ainda
caminhando os primeiros passos. Um dia, seremos adultos com proficiência no
assunto. Neste momento e somente então neste momento poderemos parar de
escrever sobre o amor, porque estaremos vivendo diariamente com ele, face a
face em nossos olhos, sem mistérios, sem constrangimentos. Até lá, que vivam os
poetas, os filósofos e a poesia, e os sonhos de um mundo melhor que essa
palavra pode fazer em nossas vidas.
Love is noise, where outside, all is silence. It is not a quality, it´s a divine gift, implicit in our being, since birth.
Love is the discovery of colorful hues, that
seen before were drab and black; white. Cowardice is not his friend, nor to the
weak or the strong.
Love does not keep aside the word fear, or
aspire to possess. He simply loves.It sets free what is loved and this is his
role in the context .. Who truly loves does not bother to possess or to
abstain. Does not modify imperfections but adds to what is still incomplete.
Do not bother with the shortcomings of the
differences because it makes them more lovely, more sublime, more human, more
able to recognize that every being is unique and somehow extra special in the
eyes of the great Creator.
Who loves not try to change or modify what is
already beautiful and full of nature. Accepts that the other part replenish
with their differences and disagreements. Does not suffocate, does not
complicate what is already implicit in his being.
Each of
us is born with the knowledge that love is spread over every part of this great
universe. We were born for love, as if we were a lion wanting to become a mere
sheep, would we ever be one of them?
Nor may the bird become a butterfly or a snake
start flying. What is implicit in us can not be denied, needy to love and be
loved in return..
Love is
also loneliness, because we know that we are never by themselves even alone.
Every day there is the breeze blowing we realize the music and perfect symphony
orchestra perfectly planned by the author of Love. We are never alone. Never
will be. He who understands will never feel lonely.
Bees are
attracted by accident to the flowers for its scenic beauty, but the pollen they
need is what always keeps them coming back.
A mountain and a tree are always at the same
place, but they realize that the cycle continues and that every day is
different, a branch falls, a leaf rises, the land stays in motion.
Love is
movement, the orchestra is seen in the eyes of God by the soul. We found love
in the eyes of those who believe, tired or not of the relentless pursuit of
another being that sees, understands, accept it as it is, with its limitations
and quirks.
Love is
not at all tricky just simple but we complicate everything around us that is simple.
We feel the need to discuss the political ,
mundane and ordinary atricities, distracted by the news that make us more
intellectuals to turn away from the focus, We are experts in the art of
deceiving our being by the only need we have in this life.
Loving
and being loved, here is the question, the great mystery that inspires music,
philosophers and poets through the centuries. And will continue to inspire, as
by how simple it is, yet we feel a great need to learn in this matter. As
children we are still walking the first steps.
One day, we will be adults with proficiency in
the matter. At this time and at this moment only we can and we will stop
writing about love, as we will be living every day with him, face to face in
our eyes, no mysteries, no constraints. Until then that may live the poets,
philosophers and the poetry, and dreams of a better world that this tiny little
word can do in our lives.
By Carla Baldassari Cocconi
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