Tuesday, October 28, 2014

Menina Solitária


Menina, o que faz aí? Com olhos tristes e lacrimejantes, pensamentos tardios e confusos.

Não abaixe a sua cabeça, a vista é linda. Eu sei. Você quer participar do que observa pela janela, mas entenda que de longe tudo é mais perfeito.

Menina solitária, quem roubou seus sonhos? Aqueles guardados a sete chaves e que um dia você jurou nunca desistir.

Daqui de cima tudo é mais claro e mais rápido. O tempo não oscila como para você. Tenha esperança. Não desista na metade da jornada.

Somos todos solitários e únicos dentro de nossa própria solidão mascarada. Mascarada por encontros, desencontros, conexões e tarefas cotidianas. Aprendemos a olhar de cabeça baixa e pensamos que o mundo é visto dessa forma. Não acredite.

Só há esperança para quem decide seguir em frente. Cabeça erguida, podendo enxergar as oportunidades que sempre estão a nossa frente.

Somos todos órfãos em uma jornada longa e duradoura; constante e que não para. Não se sensibiliza. Cada um tem sua luta, e seu sonho perdido em algum lugar da escuridão. Temos de resgatá-los diariamente.

Amplie seu horizonte, renove seu coração, coloque todos os elementos necessários que a vida lhe deu de presente dentro da mala. Faça deles troféus, e siga em frente. Logo ali, o inverno já passou e você poderá desfrutar a primavera. Caminhe então, caminhe entre todas as estações da vida e aprenda com cada uma delas.


Nada vem sem um propósito e temos que viver em busca dos sonhos. São eles que renovam o nosso ser e nos ajudam a caminhar todos os dias. Talvez você nem realize todos eles, ou talvez realize mais do que imaginou, mas esta é a grande graça da vida. Caminhe agora.

Doce Bailarina



Minha doce bailarina. Escuto a música doce a tocar e observo seus movimentos. Você parece tão frágil. Tão leve e suave nos compassos do seu coração cheio de esperanças pelo novo.

Minha doce bailarina. De passos precisos, constantes, firmes. Você é tão forte e disciplinada a cada momento em que te observo.

Por trás de todos os sonhos há sacrifícios que as pessoas não veem. Ou não querem enxergar.

Alongamentos, compassos, passos, pensamentos, dançando ao vento. Capazes de transformar todos os seus frágeis movimentos em completas lições de vida.
Melodia que não canso de escutar, nem meus olhos conseguem parar de admirar. 


Sua beleza refletida na solidão e na doçura, do palco em que você encanta. Torna mágico o momento. Transforma corações duros em pequenos pedaços de tule, agora leves e flutuantes. Vagando pelo espaço entre corações que precisam de esperança, de coragem, de fé.


Minha pequena e doce bailarina. Você cresceu. Que sua imagem de sapatilhas gastas, surradas e velhas refletidas no espelho não nos deixe esquecer que nada se conquista sem luta. E que para lutarmos, precisamos sonhar em primeiro lugar. Depois acreditarmos, que cada passo pode ser milimetricamente calculado e planejado para que o resultado final sempre um espetáculo. Espetáculo que renova sonhos, que abre espaço para outros passos que todos nós diariamente precisamos ensaiar.