Sunday, July 21, 2013

Minhas doces despedidas (My sweet goodbyes)


Minhas doces despedidas. Pensamentos que vagam em espaços vazios dentro desse oceano de pensamentos que me encontram diariamente.

Ontem aqui estava a lembrança. Hoje encontro  lacunas.
Lacunas dos velhos pensamentos que constroem quem eu sou. Que fazem de mim única.

Quantas lembranças cabem em nossos pensamentos? Cada uma delas embalada em fita dourada ou prateada e guardada a sete chaves nos espaços da criatividade e da imaginação de nosso ser.

Ainda me lembro da primeira despedida, do primeiro adeus, do primeiro beijo e da primeira música que tocou meu coração.
Como folhas que caem ao outono, algumas das lembranças se perderam no meio do caminho. Não porque não eram boas, mas porque sua validade tinha prazo. Fizeram sua parte e tiveram que partir, como estações.

Já outras, como o amor que construí com meus princípios, as amizades que encontrei pelos caminhos, estão fortes e vivas, crescendo como primavera ao meu sonhador e incessante mundo colorido.
Os livros que li; estão agora gastos, grifados, sublinhados de tanto manuseá-los encontrando respostas que sempre estiveram lá. Só que eu não percebia. Com o tempo tudo faz sentido, há de se respeitar cada estação e cada movimento da vida.

De todas as coisas preciosas que espalhei, sei que os sorrisos se propagaram, e prefiro ainda olhar para o belo. Fecho os olhos com temor aos matadores de sonhos que encontro nos caminhos escuros que já atravessei. Insisto nos abraços que pude distribuir e cada esboço de sorriso que emanou, cada coração que pude consolar e cada despedida que transformei em reencontro.
Minhas despedidas sempre foram doces, para que meus reencontros com o belo sempre pudessem ser suaves e verdadeiros, inocentes e cheios de esperança nas vitórias que o amanhã sempre nos apresenta.

Adeus inocência, olá conhecimento que me dá forças para a luta. Adeus a tudo aquilo que me feriu, olá a tudo aquilo que me tornou mais forte e me ensinou a batalha, a lutar com a espada da esperança, em um mundo que se divide em duas partes, o dos que tomam partido do feio e reclamam, enxergam o que há de pior e mais fúnebre e  triste enquanto outros ainda insistem em pintar borboletas coloridas na janela e cantar aos sete ventos da eternidade que a vida é bela. A esses, meu respeito.
Respeite as estações da vida e as estações que a vida lhe traz, respeito cada história, respeite o respeitar, respeite o belo, não negando sua beleza. Que o aqui e o agora o leve ao longo e caminho da felicidade e que suas lembranças sejam sempre doces; suaves lições de como dançar na bela sinfonia das mãos de Deus.
 
English Version - My sweet goodbyes
 
Thoughts that wander in empty spaces within this ocean of feelings that I meet daily. Yesterday the remembrance was here. Alive and strong. Today I meet gaps. And silence.

Gaps of old thoughts that build who I am. That make me unique.
 
How many memories fit in our thoughts? Each one wrapped in gold or silver ribbon and kept under seven keys in the spaces of creativity and imagination of our beings.
 
I still remember the first farewell, the first goodbye, the first kiss and the first song that touched my heart.

As the leaves fall in the autumn, some of the memories are lost along the way. Not because they were not good,or did not have value, but because it had run its validity. They did their part and had to leave, as seasons.
 
While others, like the love that I built with my principles, the friends I found along the ways, and roads are strong and alive, growing like spring to my dreamer and incessant colorful world.
 
The books I read, are now worn, underlined, by handling them finding answers that were always there. Just that I did not realize. With time it all makes sense, one should respect every season and every movement of life.
 
From all the precious things I scattered, I know that the smiles have spread, and I still prefer to look at the beautiful things. I close my eyes in fear from the killers of dreams I meet in the dark paths that I have already crossed. I insist on hugs I could distribute and every trace of a smile that emanated, every heart I could comfort and every farewell I could help turn into reunion.

 My goodbyes have always been sweet, so that my reencounters with the lovely could always be mild and truthful, innocent and hopeful in the victories that tomorrow always presents.
 
Goodbye innocence, hello knowledge that gives me the strength to fight. Goodbye to all that hurt me, hello to all that has made me stronger and taught me to battle, to fight with the sword of hope in a world which is divided into two parts, the ones who take side of the ugly and complain , they see the very worst and most mournful and sad while others still insist on painting colorful butterflies at the window and sing to the seven winds of eternity that life is beautiful. To these, my respect.
 
Respect the seasons of life and the seasons that life brings you, respect each story, respect the act of respecting and respect the beautiful, no denying its beauty. That the here and now take over at the long way to happiness and that your memories be always sweet, gentle lessons on how to dance in the beautiful symphony of God's hands.
By Carla Baldassari Cocconi

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